Leia a entrevista a André Ribeiro Lourenço, Diretor de Engenharia & Inovação da CARDIOID e responsável do projeto CardioLeather
Sintese do projeto
O projeto CardioLeather pretende associar e melhorar a tecnologia de base a um conjunto de tecnologias inovadoras que permitem tornar o couro condutor, para dotar veículos de sistemas para monitorização não intrusiva de sinais fisiológicos, em particular do eletrocardiograma (ECG), para serem integrados nos sistemas de segurança e infotainment dos veículos a serem produzidos futuramente pela indústria automóvel.
A ideia do projeto centra-se na criação de um aparato tecnológico não intrusivo que permita a monitorização do condutor e dos fatores humanos associados ao processo de condução, baseado em couros presentes no volante e no interior do veículo, e a determinação da sua identidade, levando à personalização automática do veículo, monitorização da fadiga e do estado de saúde do condutor, e melhoria da sua segurança e qualidade de vida. Este sistema multifuncional permite emitir alertas de segurança (identificando condutores indevidos), de saúde (identificando várias patologias cardíacas) e de cansaço (identificando padrões que indicam degradação da capacidade de conduzir), permitindo alertar do ponto de vista pessoal (alguém próximo) e do ponto de vista profissional (o gestor de frota), diminuindo assim o risco de sinistros.
A Entrevista
Entrevistamos André Lourenço, Responsável do projeto CardioLeather, que nos falou deste projeto cofinanciado pelo COMPETE 2020.
Como nasceu o projeto CardioLeather? Quais foram as principais motivações?
O projeto CardioLeather nasceu de uma sinergia entre 5 entidades de naturezas diferentes e complementares que, em alinhamento com os seus planos estratégicos individuais, ousaram dar resposta aos novos desafios da indústria automóvel. Para os seus “carros do futuro”, os fabricantes automóveis procuram inovações que ofereçam aos seus utilizadores um ambiente propiciador de segurança, saúde, conforto, personalização, e entretenimento acrescidos. A solução “all-in-one” do nosso projeto tem a sua motivação alicerçada nesta procura e enquadra-se perfeitamente neste mercado.
O que considera ser o elemento diferenciador do projeto CardioLeather?
A aplicação do CardioLeather permitirá que um material classicamente usado para proteção e estética, passe a desempenhar ativamente funções de valor acrescentado para os utilizadores do veículo (biometria, monitorização cardíaca, entretenimento ,personalização, entre outras). Alteramos, assim, o conceito de couro de estofamento, para o nosso “smart leather”, dotando os veículos de materiais inteligentes e tecnologias sensoriais, nas variadas superfícies (e.g. volante, assentos, e apoios de braço).
Este projeto vai mudar o paradigma que conhecemos e criar uma nova experiência aos utilizadores dos veículos equipados.
Quais são os principais desafios com que se estão a deparar no desenvolvimento do projeto?
Atualmente, as tarefas de desenvolvimento das formulações dos materiais condutores e respetivas aplicações no couro demarcam-se das restantes, pela necessária iteração dos processos de investigação, desenvolvimento, aplicação e testes de qualidade. Estes procedimentos têm estado a decorrer metodicamente e com um elevado grau de rigor, resultado da adequada consideração do nível de inovação do produto.
O Apoio do COMPETE 2020
O projeto é promovido pela CARDIOID - Technologies em copromoção com a Universidade de Aveiro, a empresa Couro Azul, o C.T.I.C. - Centro Tecnológico das Industrias do Couro e o Instituto Superior Técnico e conta com o apoio do COMPETE 2020 no âmbito do Sistemas de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Copromoção, envolvendo um investimento elegível de 892 mil euros o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 605 mil euros.
Links
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Couro Azul: Website