FermentedVegAlgae: a inovação ao serviço da saúde e da sustentabilidade alimentar

Cofinanciado pelo COMPETE2020, o projeto FermentedVegAlgae visa a investigação e desenvolvimento de produtos sensorialmente agradáveis, nutritivos, saudáveis e de baixo processamento que simultaneamente promovem a circularidade, o aproveitamento de subprodutos hortofrutícolas e a valorização de recursos marinhos.
 
Em declarações, Diogo Figueira, Head of Sustainability and Knowledge da Mendes Gonçalves, S.A., falou do projeto FermentedVegAlgae e da importância do apoio do COMPETE 2020:
Diogo Figueira | Head of Sustainability
and Knowledge - Mendes Gonçalves, S.A.

O projeto FermentedVegAlgae utiliza a fermentação láctica enquanto modo de processamento alimentar para gerar produtos nutritivos, saudáveis e clean label. Criando combinações inovadoras, utilizando hortofrutícolas e macroalgas, é possível gerar novas experiências gastronómicas interessantes e apelativas. Através da utilização de hortofrutícolas subvalorizados ou imperfeitos é criada uma via de valorização que reduz o desperdício alimentar, enquanto a utilização de macroalgas, um recurso marinho com elevado potencial nutricional e económico, permite enriquecer a dieta contemporânea e encorajar o consumo de produtos mais sustentáveis.

Com do apoio do COMPETE2020, pretendemos desenvolver competências em tecnologias de fermentação com um propósito claro: chegar ao mercado com produtos disruptivos, que sejam comercialmente bem-sucedidos, mas que também destaquem o esforço que tem de ser realizado na procura de soluções para a redução do desperdício alimentar e para a melhoria nutricional de produtos, simultaneamente criando novas experiências gastronómicas.

Para a Mendes Gonçalves, enquanto fabricante alimentar, vemos nestas parcerias uma oportunidade para adquirir novo conhecimento, competências e valências fruto das ligações com as entidades do sistema cientifico nacional, que podemos utilizar não só para satisfazer a procura existente no mercado português, que verificamos ainda no contexto de projeto com a presença de um parceiro comercial dentro do consórcio, como também explorar oportunidades junto de clientes europeus, onde o reconhecimento de macroalgas como ingrediente e de processos fermentativos é elevado.

 
 
1. Síntese
 
O consumo "verde" e os novos padrões de consumo vegan, vegetarianos e flexiterianos, quer por razões de saúde, quer de sustentabilidade social e ambiental, é uma tendência de consumo transversal a todas as gerações, aliando questões em torno do consumo dos alimentos como forma de prevenção de doenças e promoção da saúde, às questões ambientais relacionadas com a redução das perdas e desperdícios alimentares, o uso eficiente dos recursos e com um consumo de alimentos com menor pegada ecológica (locais, sustentáveis e pouco processados), tendo em conta sempre procura por novas experiências gastronómicas (novos sabores, aromas e texturas). 
 
 
O presente projeto utilizar hortofrutícolas (usando desperdícios e hortofrutícolas com pequenos defeitos para o consumo em fresco) e macroalgas portugueses (nutricionalmente ricas e abundantes mas subaproveitadas para consumo humano), para produzir alimentos fermentados de baixo grau de processamento e com menor teor de sal, (i) hortofrutícolas fermentados (ii) macroalgas fermentadas e (iii) uma combinação de hortofrutícolas e macroalgas fermentadas, que possam contribuir para um incremento do consumo de vegetais e sejam sensorialmente apelativos, inovadores, nutritivos, promotores de saúde e bem-estar, produzidos de uma forma ambientalmente sustentável e que respeitem/promovam padrões alimentares da dieta mediterrânica. 
Os produtos a desenvolver irão contribuir para aumentar o consumo de hortofrutícolas, com vantagens claras para a saúde e para a sustentabilidade ambiental, permitindo às empresas Mendes Gonçalves e Sonae MC alargarem o seu portfólio de produtos e consolidar a sua atividade e penetração em novos mercados.
 
2. Apoio do COMPETE 2020 
 
O projeto FermentedVegAlgae conta com o cofinanciamento do COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, na vertente em copromoção, envolvendo um investimento elegível de cerca de 785 mil euros, o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 444 mil euros.
 
3. Links 
 

07/07/2022 , Por Cátia Silva Pinto
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