“Nem sempre o mais importante é o mais urgente, e o contrário também é válido”
                         
 
 
 
	
		
			| A TMG Automotive é um grupo familiar que já vai na terceira geração. Estava destinada a ir trabalhar para lá? | 
		
	
 
 
Nunca se pode dizer se estamos ou não destinados a trabalhar na empresa da família. Há um conjunto de fatores que condicionam as escolhas, e meu caso, algures durante a minha formação académica fiz um trabalho sobre o Algodão e talvez tenha sido isso que me fez despertar para esta indústria, que obviamente já conhecia melhor que qualquer outra.
 
Quando entrei na TMG, comecei  o meu percurso na Fiação, na área de Controlo de Processos.
 
 
 
	
		
			| Como é que tem corrido a Presidência na TMG Automotive? | 
		
	
 
 
Primeiro, eu não sou a presidente da TMG Automotive. Isso continua a cargo de meu Tio António Gonçalves. 
 
Como  CEO, posso referir que esta função tem sido preenchida de desafios, com períodos melhores e outros mais difíceis, mas, ao fim destes anos, o resultado tem sido positivo.
 
 
 
	
		
			| O que a deixa mais orgulhosa? | 
		
	
 
 
Claramente o crescimento sustentado e o  reconhecimento nacional e internacional da Empresa,  nas suas vertentes de desenvolvimento, inovação  e qualidade como um parceiro incontornável na cadeia de fornecimento.   
 
 
 
	
		
			| O que mais a surpreendeu? | 
		
	
 
 
O crescente nível de exigência diária da indústria, a capacidade de adaptação, a performance  aliada à resiliência dos colaboradores para acompanhar a evolução rápida e profunda dos nossos Clientes.
 
 
	
		
			| Que projetos têm agora em cima da mesa? | 
		
	
 
 
Continuar a lutar pelo crescimento da Empresa e do Grupo aumentando o conteúdo e o reconhecimento internacional da capacidade da engenharia existente em Portugal a par de melhoria contínua do índice de satisfação e orgulho de todos que aqui trabalhamos.
 
 
 
	
		
			| A TMG Automotive tem projetos cofinanciados pelo COMPETE 2020. A sua experiência com os Fundos da União Europeia… fizeram a diferença?   | 
		
	
 
 
Desde 1988 que  os fundos europeus têm sido essenciais para a realização dos investimentos na TMG. Sem a sua existência muitos dos investimentos  em activos tangíveis, activos intangíveis e despesas com formação profissional  teriam sido muito difíceis de realizar, principalmente em alturas de menor crescimento económico. Foram determinantes para o nosso crescimento em inovação e por conseguinte, em valor. Realce-se que para se obter os Fundos da EU é necessário ter um bom conhecimento da legislação dos mesmos.
 
O primeiro projecto submetido ao COMPETE 2020 data de 2015. Os projectos do 2020 são -  Flexivinil, Beathe2seat, Fibre in Surface, Hi Surface, Confinseat e Projecto BE, ( sendo que os três primeiros estão concluídos, os dois seguintes tiveram início em Junho 2017 e Junho 2018 respectivamente ). O  Projecto BE ainda não está decidido. 
 
 
	
		
			|  Quer partilhar algum projeto com especial interesse para si?  | 
		
	
 
 
Difícil escolher um projecto em especial, pois na sua génese, todos são importantes. Muito recentemente tivemos um grande projecto que  se pode destacar de modo especial – o  investimento numa segunda fábrica, Auto 2, que, em 18 meses,  conseguimos pôr uma fabrica a laborar, com 25 000 m2 e um investimento de quase 50 M€.
 
 
 
	
		
			| Qual foi o momento mais emocionante no seu trajeto professional? | 
		
	
 
 
Sinceramente, penso ter sido o facto de gerir directamente uma Empresa que passou a fasquia de referência dos 100 M€.
 
 
 
	
		
			| E qual foi o obstáculo mais interessante de superar? | 
		
	
 
 
Fazê-lo em e de Portugal, país cada vez mais longe do mercado alvo da TMG AUTOMOTIVE, distante dos centros de decisão, e no que se considera um pais periférico.
 
 
	
		
			| Gerir o tempo? Qual o segredo? | 
		
	
 
 
Não entrar em pânico, discernir e definir prioridades. Nem sempre o mais importante é o mais urgente – e o contrário também é valido.   
 
 
 
	
		
			
			
			Breve nota biográfica  
			Isabel Maria Gonçalves Folhadela de Oliveira Mendes Furtado, natural e residente em Requião, V. N. Famalicão. Casada, 3 filhos.  
			Desde cedo estudou no Canadá e Inglaterra, onde se licenciou em Economia pela Universidade de Manchester.  
			Actualmente desempenha os seguintes cargos:  
			Administradora das várias empresas do Grupo TMG e Casa Agrícola de Compostela;  
			CEO de TMG Automotive; 
			Presidente da Direcção da COTEC Portugal, 
			Membro do Conselho de Administração e Direcção Executiva do CEIIA (Centro de Excelência da Indústria Automóvel);  
			Presidente do Conselho Superior das EF’s (Associação Portuguesa das Empresas Familiares);  
			Membro do Conselho Director da APGEI (Associação Portuguesa Gestão e Engenharia Industrial); 
			Membro da Direcção Executiva da ATP (Associação Têxtil Portuguesa); 
			Membro do Conselho de Curadores da Universidade do Minho.; 
			Foi distinguida em 2014, pelo Presidente da República, com o grau de Comendador da Ordem de Mérito Industrial. 
			 
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