A Universidade do Minho desenvolve dois novos e inteligentes dispositivos médicos

Este projeto, promovido pela Unidade de Investigação em Microssistemas Eletromecânicos da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (CMEMS-UMinho), com o apoio do COMPETE 2020 pretende desenvolver novos e inteligentes dispositivos médicos. Tais dispositivos permitirão oferecer novas funcionalidades inteligentes de diagnóstico e de terapia. Pretende-se assim introduzir novas ferramentas na área da saúde para que sejam possível oferecer novas ferramentas aos clínicos e aos pacientes. Estas ferramentas permitirão facilitar o diagnóstico, permitirão um melhor e mais eficaz tratamento.


Em declarações ao COMPETE 2020, José Higino Correia, Coordenador da CMEMS-UMinho, sintetiza o projeto e a importância do financiamento obtido no âmbito do COMPETE 2020.

“Este programa estratégico aborda em particular a área de saúde, com ênfase em dispositivos médicos e com dois demonstradores inovadores: uma sonda neural multifuncional (invasiva/não invasiva, óptica e térmica) (MULTINEURAL) e uma prótese de anca inteligente (SHP - Smart Hip Prosthesis). O projeto MULTINEURAL propõe desenvolver sondas multifuncionais para estudos cerebrais de alta resolução temporal e espacial. As sondas 3D incorporarão microelétrodos com eletrónica de processamento de sinal integrados. Os microelétrodos serão projetados para inserção no córtex cerebral. Eles integrarão recursos avançados como deteção e estimulação ótica (sensor de imagem CMOS com filtros óticos, microlentes e microLEDs), além da gravação elétrica de sinais neuronais e estimulação do cérebro. Além disso, um método não-invasivo para estimulação cerebral profunda através da interferência temporal de múltiplos campos elétricos será desenvolvido.

O segundo tipo de dispositivos médicos proposto é uma prótese inteligente - SHP. O problema de perda óssea é uma das maiores desvantagens de próteses de juntas. Uma prótese de anca dura 5-10 anos antes que a perda óssea leve à ineficácia da prótese. A prótese é depois removida pelo ortopedista e colocada uma nova. Contudo, o osso nativo em redor do componente femoral é reduzido e a substituição não pode prosseguir indefinidamente, pois pode deixar de existir um local apropriado para assentar a prótese. Este projeto propõe uma nova abordagem para projetar, desenvolver, fabricar, testar e validar uma SHP. Esta nova abordagem faz convergir os benefícios de novas técnicas de processamento, de materiais funcionais, sensores, atuadores e monitorização remota (usando dispositivos MEMS - Microelectromechanical systems), permitindo uma integração completa dos diversos componentes na prótese durante o seu processamento.

A equipa de investigação envolvida no programa estratégico aqui proposto inclui uma equipa multidisciplinar de investigadores com diferentes conhecimentos de base (engenharia, física, medicina, indústria), criando uma massa crítica que sustenta a investigação, o desenvolvimento e a inovação em sistemas biomédicos.

Este projeto estratégico é financiado pelo COMPETE 2020 o que permite dar resposta às elevadas exigências financeiras necessárias para a execução das diversas tarefas e contratar os recursos humanos fundamentais para a boa execução do plano de trabalhos.”


 

O Apoio COMPTE 2020

O projeto conta com o apoio do COMPETE 2020 no âmbito do – Sistema de Apoio à Investigação Cientifica e Tecnológica (Programas Integrados de IC&DT), envolvendo um investimento elegível de um milhão de euros o que resultou num incentivo FEDER de cerca de 921 mil euros.

03/07/2018 , Por Miguel Freitas
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