COMPETE 2020 | Histórias no Feminino

Na semana em que se celebra o dia Internacional da Mulher, o COMPETE 2020 conta –lhe as histórias de algumas das mulheres que encontraram neste programa uma alavanca para os seus projetos.

Para o programa que no contexto do Portugal 2020 tem os instrumentos convergentes para aumentar a competitividade económica, mobilizando e potenciando os seus recursos e competências, a temática da igualdade de género surge pela importância em capitalizar precisamente estes recursos e competências.

O talento, a criatividade e a tecnologia juntos determinarão como a Quarta Revolução Industrial pode ser aproveitada para um crescimento económico sustentável e inúmeros benefícios para a sociedade. No entanto, se metade do talento do mundo não estiver integrada nestas transformações comprometeremos a inovação e arriscaremos um aumento da desigualdade. É um argumento aparentemente simples mas que precisa ainda de um grande esforço de todos nós.

A União Europeia está apenas a meio caminho de atingir a igualdade de géneros, e o progresso tem sido lento, com apenas melhorias marginais ao longo da última década. Os eurodeputados estão a pressionar para apresentar um conjunto de ações que elimine finalmente o fosso entre os géneros. 

Este ano o Parlamento Europeu dedica o Dia Internacional da Mulher, assinalado a 8 de março, à emancipação económica das mulheres. Atualmente, as mulheres ainda recebem ordenados mais baixos que os homens, encontram-se sub-representadas na política e em posições de liderança e dedicam mais tempo a atividades não-remuneradas relacionadas com a família e a casa. (Relatório Sobre Igualdade de género 2014-2015)

As mulheres representam praticamente metade da força de trabalho da União Europeia. No entanto, continuam a ter pouca expressão em cargos de topo. Na UE existem 7,3 milhões de gestores, dos quais 35% são mulheres.

Em Portugal há 3,3 mulheres por cada dez cargos de gestão. A média está abaixo dos 35% registados no total da União Europeia e, não é só: em Portugal, cada mulher gestora recebe menos 25,9% do que um homem que ocupa a mesma função, também menos do que acontece na UE.

Num contexto que cremos de mudança contamos as histórias de mulheres que fazem história :

 - Isabel Braga da Cruz, Executive Director na PortugalFoods, uma gestora doutorada em Biotecnologia para quem só existem vantagens e sinergias no equilíbrio das equipas, na multidisciplinariedade de competências, de perfis, de culturas e de saberes. Porque o sucesso está sempre nas pessoas.

- Benedita Aguiar, a mentora do Projeto PT Creative Village, um projeto de incentivo ao empreendedorismos qualificado e criativo que trabalha junto dos parceiros locais, que sublinha a importância da diferença na competitividade da empresa e para quem a conciliação dos vários papéis é uma prioridade.

- Joana Paredes, uma investigadora dedicada a melhorar o prognóstico e tratamento dos doentes com cancro, que nunca sentiu discriminação por ser mulher mas que reconhece que a paridade ainda é um caminho difícil.

- Isabel Vasconcelos, diretora da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, que num turbilhão de papéis gostaria mesmo de poder comprar tempo.  

06/03/2017 , Por Paula Ascenção