Águeda, município pioneiro para o futuro

Águeda foi considerado um dos 12 municípios pioneiros para o futuro no que respeita à promoção e implementação da norma Passivhaus nos edifícios. A referência consta do relatório final do projecto europeu PassREg, que visou a promoção de edifícios com necessidades quase nulas de energia (NZEB) com recurso à implementação da norma de origem alemã e a fontes de energias renováveis, nas cidades e regiões da Europa.

A distinção surgiu em resultado do protocolo celebrado entre a autarquia e a Associação Passivhaus Portugal, no final do ano passado, e que consagrou Águeda como o primeiro Município Passivhaus em Portugal. O acordo entre as entidades visa a formação dos técnicos municipais relativamente à implementação da norma, assim como acções de sensibilização dos agentes do sector da construção e a promoção do conceito no município.

O projecto analisou como regiões e cidades implementaram, de forma bem sucedida, os requisitos Passivhaus na construção de edifícios com elevado desempenho energético e com recurso a fontes de energia renováveis. Actualmente, há já regiões e cidades que se distinguem. O projecto aponta quatro pioneiros: as regiões de Hanover, na Alemanha, de Bruxelas, na Bélgica, de Tirol na Áustria e a cidade de Heidelberg, na Alemanha. A experiência e as soluções aplicadas nestes quatro locais vai servir de base e exemplo para outras regiões europeias.

A acompanhar Águeda, foram ainda apontadas como future front runners Antuérpia (Bélgica), Burgas (Bulgária), Cesena (Itália), Gabrovo (Bulgária), Zagreb (Croácia), Arnhem-Nijmegen (Holanda), Aquitaine (França), Latgale (Letónia), Vidzeme (Letónia), Carmarthenshire (Reino Unido) e várias regiões italianas, como Catania, Sicília, entre outras.

Depois de três anos activo, o projecto PassREg terminou em Abril passado e “mostrou que as cidades e regiões podem e devem liderar através do seu exemplo e criar as raízes para a implementação dos edifícios de necessidades quase nulas de energia”, refere a associação nacional Passivhaus. Entre os vários resultados da iniciativa, foi desenvolvida uma ferramenta open source que fornece informações para ajudar na transição para uma cultura de edifícios NZEB, com base na norma Passivhaus e renováveis. O projecto contou com 13 parceiros de dez países europeus, nenhum deles português.

21/08/2015 , Por Célia Pinto