O COMPETE 2020 já aprovou 146 milhões de euros para projetos de investigação .

Os instrumentos de apoio a este tipologia de projetos estão, na arquitectura do programa, inseridos no Eixo I - Reforço da investigação, do desenvolvimento tecnológico e da inovação – cujo objetivo é contribuir para o reforço das capacidades de investigação e inovação e promove todas as fases da cadeia de I&I (da I&D a valorização do conhecimento). Privilegia-se uma logica de interação entre todos os atores deste sistema, com especial enfoque entre as entidades de investigação e divulgação de conhecimentos (composto pelas universidades, laboratórios do Estado, centros de I&D públicos e entidades de interface, como sejam os Centros Tecnológicos, ou seja, entidades não empresariais do Sistema de I&I) e as empresas (enquanto entidades centrais da componente inovação).

 

Até meados da década de 80, a ciência e a tecnologia não mereceram por parte das teorias económicas predominantes, apesar do volume de investimento afectado a estas actividades pelos países mais desenvolvidos, uma análise profunda e um esforço de compreensão do seu impacte no desenvolvimento económico e social. Até então, a ciência e a tecnologia foram tratados como variáveis extra-económicas, como factores de natureza residual.

O incremento da mobilidade de recursos produtivos diluiu a importância económica da dotação de recursos físicos e fez emergir como âncora do poder competitivo sustentado a capacidade de combinar de forma singular os recursos produtivos, ou seja, inovar. Processo cuja crescente complexidade vem requerendo a utilização de tecnologia cada vez mais intensiva em ciência. A natureza da sociedade e da economia contemporâneas é basicamente determinada pela importância crescente que os recursos intangíveis ocupam no processo de criação de riqueza. A capacidade de manipulação destes recursos encontra-se associada ao stock de conhecimento acumulado e à capacidade de renovar esse conhecimento através da sua produção ou de mecanismos de transferência e de endogeneização.

Acresce que as entidades de investigação e divulgação de conhecimentos (composto pelas universidades, laboratórios do Estado, centros de I&D públicos e entidades de interface, como sejam os Centros Tecnológicos, ou seja, entidades não empresariais do Sistema de I&I ) contribuem para o processo de acumulação científica e tecnológica através de dois vectores fundamentais: pela produção de conhecimento codificado como os artigos e patentes e pela produção de competências, capital humano . Os artigos e patentes são conhecimento incorporado num produto específico e que requer por parte do utilizador competências para uma compreensão e aplicação eficazes. As competências constituem atributos que se vão incorporando nos indivíduos e nos actores, através do processo de aprendizagem/investigação e expressam a sua capacidade de manipulação do conhecimento codificado e de elaboração de novos conhecimentos.

 

É neste amplo contexto , que o COMPETE 2020 já aprovou projetos :

  1. Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico (IC&DT)” nas modalidades “Projetos individuais” e “Projetos em copromoção;
  2. Programas de Atividades Conjuntas (conjunto concertado e coerente de ações, alinhadas com as prioridades identificadas na estratégia de I&I para a especialização inteligente (RIS3), que se concretizam em atividades de investigação científica e/ou desenvolvimento tecnológico com o objetivo de criar sinergias que capitalizem e otimizem os meios e recursos disponíveis, eliminando estrangulamentos ou lacunas identificados no tecido científico e tecnológico, a nível nacional ou regional, e criando massa crítica que permita acelerar a produção de novo conhecimento e/ou de novas soluções que se traduzam em benefícios para a sociedade);
  3.  Programas Integrados de IC&DT (produção científica de qualidade reconhecida internacionalmente em domínios estratégicos alinhados com a estratégia de I&I para a especialização inteligente (RIS3), numa ótica multinível, nacional ou regional, visando estimular uma economia de base tecnológica e de alto valor acrescentado, privilegiando a excelência, a cooperação e a internacionalização);
  4. Proteção de Direitos de Propriedade Industrial.

 

Está aberto até 30 de setembro novo concurso para apresentação de projetos Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico (IC&DT)” nas modalidades “Projetos individuais” e “Projetos em copromoção. 

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12/09/2016 , Por Paula Ascenção
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